O corporativês nada mais é do que jargões utilizados no mundo corporativo. Na grande maioria das vezes, são termos em inglês que poderiam ser substituídos por palavras em português. Alguns exemplos:
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“job”, que tem como tradução “trabalho” ou “tarefa”
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“feedback” no lugar de “avaliação” ou “crítica”
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“deadline” em vez de “prazo”
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“budget”, que, na tradução, significa “orçamento”
O jornalista Chico Felitti escreveu uma matéria* sobre o excessivo uso dos jargões, na qual utiliza casos reais para mostrar como esse hábito é visto no exterior pelos nativos do inglês.
Cursos de corporativês ganham o mundo
Vale dizer que cursos de “corporativês” estão ganhando cada vez mais espaço no mundo. No Brasil, a PUC (Pontifícia Universidade Católica) oferece pós-graduação no assunto. Estados Unidos, Londres e Paris também têm escolas especializadas no tema, com procura crescente pelos cursos.
E, baseado em acontecimentos de um desses cursos, Chico Felitti compartilhou a reação de um professor estrangeiro:
“’O engraçado é que, pelo que vi até agora, os termos em inglês usados por brasileiros não são os mesmos daqui’, comenta o professor, Joseph Runtal, depois da aula. Um exemplo que ele dá é ‘call’. A palavra, que ganhou o significado de ligação telefônica, não é uma flexão usada nos Estados Unidos. ‘A gente fala ‘phone call’, ninguém entenderia ‘call’ como um telefonema aqui nos Estados Unidos’”.
Corporativês versus o uso claro e objetivo do inglês
Também por isso, há uma ONG – Plain English Campaign – que tem como causa disseminar o uso “claro” da língua inglesa, enquanto linguistas idealizam um projeto de ensinar profissionais a falar o inglês de maneira objetiva e com menos jargões.
No entanto, há profissionais que defendem o uso de algumas palavras em inglês por entenderem que elas ajudam a expressar uma ideia de maneira mais certeira, já que a tradução para o português a transformaria em um termo muito técnico e formal. É o caso de offshoring – a prática de levar os negócios para outro país, em que o custo da atividade será menor:
“’Offshoring’ tem uma versão em português, algo como ‘deslocalização industrial’ (…) As pessoas no mundo inteiro adotaram o offshoring porque funciona. É um termo exato, preciso’”.
Em sua matéria, Felitti citou Craig Snow, estudioso da comunicação corporativa, ao dizer que utilizar os termos no idioma estrangeiro transmite confiança profissional:
“Pessoas que usam esses termos com desenvoltura podem parecer mais competentes. E assim ganhar mais dinheiro”.
Dessa forma, mesmo que muitos profissionais concordem que a maioria dos jargões poderia ser substituída por palavras em português, dificilmente o inglês será deixado de lado no dia a dia corporativo.
E a ideia, na verdade, não é essa, já que vivemos em um mundo globalizado, onde o domínio e a fluência do inglês são cada vez mais valorizados e necessários, assim como a tradução livre e a tradução juramentada de textos e documentos.
Mas a Korn Traduções recomenda que se tenha o cuidado de utilizar as expressões de maneira correta, clara e dentro do âmbito necessário.
*Clique aqui para ler a matéria na íntegra
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