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Sotaque: mesmo idioma, pronúncias diferentes

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Sotaque: intrínseco a qualquer idioma

O sotaque é intrínseco a qualquer idioma. É o que caracteriza e diferencia a língua de uma região para outra. Mas é interessante analisar como o tamanho de um país pode influenciar na existência de diferentes sotaques.

O sotaque em espanhol, por exemplo, sofre diversas variações entre os países da América Latina. Considera-se que existam três correntes diferentes do espanhol na América Latina: do Uruguai, da Argentina e de uma parte do Chile; do México e da América Central; e dos demais países da América do Sul.Porém, dentre os estados e cidades de cada um dos países, a variação do idioma é praticamente inexistente.

Veja alguns exemplos abaixo de palavras e pronúncias que são diferentes entre os países:

Algumas palavras que sofrem variação em espanhol

  • Feijão: porotos (Argentina), frijoles (outros países da América Latina);
  • Papai Noel: Papá Noel (Colômbia), Santa Claus (México e América Central), Viejito Pascuero (Chile);
  • Pipoca: pipoca (Bolívia), pó (Uruguai), cabritas (Chile), pochoclo (Argentina), palomitas (México);

Algumas diferenças entre as pronúncias do espanhol de acordo com cada país

  • A palavra “paella” é pronunciada como “paeja” na Argentina e “paedja” nos demais países de língua espanhola da América Latina;
  • Dependendo do país, a letra “y” pode ser pronunciada como “i”, “j”, “dj”. Na região rio-platense, a pronúncia ouvida é equivalente ao som de “ch”;
  • A palavra “calle” (tradução = rua) é pronunciada como “cadje” no México e em alguns países da América Central. Já na Argentina e no Uruguai, a pronúncia que se ouve é “caje” ou “cache”. Em outros países da América Latina, fala-se “cáie”.

Além da diferença no som das letras, a entonação do espanhol também varia de país para país, deixando a maneira de falar ainda mais característica de cada região.

Sotaque nas diversas regiões do Brasil

E no Brasil? Somos o único país da América Latina que fala a língua portuguesa. Se o idioma fosse falado em outros países, provavelmente conseguiríamos perceber as mesmas variações do espanhol.

Mas como o nosso país é tão grande,  essas variações podem ser facilmente notadas sem precisarmos ir para muito longe; afinal, são mais de 200 milhões de pessoas falando o português brasileiro. Podemos identificar, por exemplo, sotaques e expressões características em diferentes cidades de um mesmo estado. E quando falamos de outro estado, as variações são ainda mais acentuadas.

Compartilhamos, a seguir, algumas peculiaridades da língua portuguesa em diversas regiões do Brasil:

  • O sotaque da Bahia costuma suprimir a letra “r”. Assim, a palavra “Salvador” transforma-se em “Salvadô”. Ou verbos no infinitivo, como “dizer”, são pronunciados como “dizê”;
  • Uma das principais características encontradas no sotaque mineiro é a chamada monotongação de ditongos, quando a semivogal do ditongo é apagada. Um exemplo é a palavra “roupa”, pronunciada como “rôpa”, ou “peixe”, pronunciada como “pêxe”;
  • No Rio Grande do Sul não se usa o pronome “você”, uma vez que este é substituído por “tu”, “ti”, “teu” e “contigo”. No geral, a conjugação do verbo segue a norma culta, mas em algumas regiões do estado o verbo é conjugado na terceira pessoa;
  • O Rio de Janeiro é conhecido por puxar a letra “s”, pronunciando-a com som de x. Essa característica é herança do português de Lisboa, já que a corte portuguesa veio para o RJ em 1808, fazendo com que, na região, a pronúncia do “s” fosse relacionada à realeza, disseminando e dando prestígio a esse sotaque;
  • Já ouviu aquela piada que diz que o paulistano pede “um chopps e dois pastel”? É porque a maneira como se utiliza o plural é uma das mais fortes características do sotaque de São Paulo. Dizem que essa é uma herança da Itália, já que em italiano o plural não utiliza a letra “s”. (São Paulo foi o estado que mais recebeu imigrantes italianos entre os séculos XIX e XX). A (falta de) pronúncia da letra “r” também é outra característica do sotaque paulista, sendo comum que, no final dos verbos, essa letra seja omitida, como por exemplo, “dormí” ao invés de “dormir”.

Existe certo e errado quando o assunto é sotaque?

Vale ressaltar que não existe certo ou errado quando o assunto é sotaque: todas as línguas possuem essa variação de uma região para outra, fazendo com que a maneira como as palavras são pronunciadas tenha relação direta com a história e cultura daquele local.

Também vale dizer que não existem traduções do português para o português, do espanhol para o espanhol ou do inglês para o inglês, já que quando o assunto é sotaque, ele está presente apenas na pronúncia, e não na forma de escrever.

Mas se falarmos das expressões de cada região ou de palavras iguais com significados diferentes entre os estados ou países, pode-se fazer a revisão e adaptação do texto. Para esse tipo de serviço, assim como demandas por traduções livres, traduções técnicas ou traduções juramentadas, conte com os tradutores profissionais da Korn Traduções: a sua empresa de tradução![:]

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