Como já é tradição, entre novembro e dezembro o Dicionário Oxford elege a palavra do ano.
Desde 2015, quando a palavra eleita foi o emoji “chorando de rir”, nós acompanhamos e divulgamos por aqui a escolha do Dicionário.
Em 2016 a vencedora foi “pós-verdade” e, no ano passado, a ganhadora foi “Youthquake“.
Nesse ano, a palavra eleita foi “tóxico”. No comunicado oficial, a escolha foi justificada da seguinte forma: “Em seu uso original e literal, para se referir a substâncias venenosas, o ‘tóxico’ tem estado presente nas discussões sobre a saúde de nossas comunidades e do meio ambiente”.
Mas as justificativas não se limitaram ao significado literal, já que, ainda no comunicado, foi dito: “De ‘ar tóxico’ à ‘política tóxica’, o escopo de sua aplicação em 2018 tornou ‘tóxico’ a escolha para nossa Palavra do Ano (…). Este ano, mais do que nunca, as pessoas têm usado ‘tóxico’ para descrever uma vasta gama de coisas, situações, preocupações e eventos (…) [o termo] decolou para o campo da metáfora, já que as pessoas procuraram a palavra para descrever locais de trabalho, escolas, culturas, relacionamentos e estresse”.
Considerando o campo da metáfora, cogitou-se eleger o termo “masculinidade tóxica”, já que “masculinidade” foi a segunda palavra mais associada à “tóxico” nas pesquisas, ficando atrás apenas de “químicos”. A escolha foi descartada após concluírem que o adjetivo “tóxico” foi, no geral, utilizado de maneira mais abrangente.
Aumento nas buscas pela palavra do ano “Tóxico”
De acordo com o Dicionário Oxford, a palavra “tóxico” teve 45% de aumento nas pesquisas nele feitas em 2018, o que comprova a força do termo neste ano.
Embora esse seja um importante indício, não é o critério de maior peso para a escolha da palavra do ano, já que, de acordo com a Universidade de Oxford, artigos de 10 mil sites são extraídos, formando um banco de 150 milhões de palavras. Com a ajuda de um software especializado, torna-se possível analisar as palavras mais citadas e os contextos em que elas são utilizadas, chegando, assim, à decisão da palavra do ano.
Concorrentes à palavra do ano
Como a escolha é feita a partir de um processo de seleção, todo ano são divulgadas as palavras finalistas na votação.
Em 2018, algumas das concorrentes foram:
- Gaslighting:
Conforme já postamos aqui, é um dos tipos de abuso psicológico que leva a mulher a achar que enlouqueceu ou que está equivocada sobre um assunto, sendo que está originalmente certa.
- Overtourism:
Lado negativo do turismo, vai contra as práticas sustentáveis, já que o excesso de turismo tem como consequência danos ao ecossistema.
- Incel:
Involuntary celibates ou, na tradução, “involuntariamente celibatário”, refere-se à comunidade virtual masculina que tem em comum a inabilidade de convencer mulheres a terem relações sexuais com eles, passando a nutrir ódio por elas.
Outros Dicionários também já divulgaram suas escolhas. O Dictionary.com elegeu misinformation como palavra do ano, uma vez que ela tem como significado “informação errada”, propício termo à era de Fake News em que vivemos. O Collins Dictionary fez a palavra single-use vencedora de suas eleições. Esse termo, que tem “uso único” como tradução, remete aos produtos descartáveis, que são utilizados apenas uma vez, causando danos desnecessários ao meio-ambiente.
Independentemente das palavras vencedoras e dos Dicionários que as elegeram, todos os termos em questão remetem a situações que exigem a nossa atenção. Assim, podemos concluir que as eleições de palavra do ano devem nos levar a uma profunda reflexão sobre a nossa realidade e sobre os acontecimentos de 2018.[:]
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