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The Oscar goes to…traduções simultâneas!

Traduções simultâneas no Oscar

No dia 04 de março aconteceu o Oscar 2018. Como de costume, muita torcida e emoção embalaram o evento, gerando polêmicas, boas lembranças e histórias para contar. Falando em histórias para contar, vale lembrar que todo Oscar acontece em inglês e, por ser um evento mundial, torna-se indispensável a presença de intérpretes – conhecidos também por tradutores simultâneos que, como o próprio nome sugere, realizam as traduções em tempo real de tudo o que estiver sendo falado no palco.

Pode até parecer exagero, mas esses profissionais, inclusive, deveriam ser considerados tão estrelas quanto os indicados ao Oscar.

Anna Vianna, tradutora da emissora Globo, que transmitiu o Oscar, contou em entrevista ao UOL parte de sua preparação para o trabalho de interpretação: “Para o Oscar, especificamente, eu procuro ver os principais filmes e me inteirar sobre a vida dos indicados. O ganhador acaba de receber um Oscar, sobe ao palco nervoso, às vezes sem um discurso preparado, e sai agradecendo a todas as pessoas importantes de sua vida, da professora do jardim de infância ao diretor do filme”.

Anna costuma preparar uma ficha onde coloca diversas informações pessoais sobre cada um dos indicados, como nome dos pais, do cônjuge, dos filhos, local de nascimento etc., e completa que “A vida do intérprete profissional é essa: estudar para qualquer evento”.

Anna ainda enfatiza que seu pior inimigo em um trabalho de tradução simultânea é o nervosismo e, nas palavras dela, os primeiros minutos são sempre os mais tensos.

Mas o Oscar não é o único evento mundial que necessita de traduções simultâneas. Felipe Simões, tradutor da TNT, fez sua estreia no Oscar desse ano, mas já possuía experiência no Grammy e, também em entrevista para o UOL, comentou as diferenças nos dois trabalhos: “O Grammy, por exemplo, é mais fácil, porque tem vários shows e a gente acaba tendo um descanso. O Oscar é mais exaustivo, eles falam o tempo todo e até durante o intervalo a gente já fica preparando o que vem na sequência”.

Dificuldades das traduções simultâneas

Os dois profissionais de tradução simultânea também contaram ao UOL as principais dificuldades que já enfrentaram durante as traduções.

Para Felipe, a pior experiência aconteceu justamente no Grammy – “foi o monólogo do Kanye West, quando ele ganhou um prêmio pelo conjunto da obra. Foi um discurso de uns 11 minutos e tudo improvisado”.

Já Anna citou o acontecimento do Oscar 2017 quando o musical La La Land – Cantando Estações foi anunciado como o ganhador da categoria de melhor filme, mas, poucos minutos depois, perceberam que o verdadeiro ganhador era Moonlight. “Nesse caso específico, continuei traduzindo o que estava sendo dito normalmente, já que só posso falar o que está sendo dito pelo orador. Ao mesmo tempo, tem que ter jogo de cintura para superar a surpresa do momento, mantendo a calma”.

Anna finalizou sua entrevista dizendo: “Fico ainda mais satisfeita quando algum espectador elogia, porque aí sei que atingi meu objetivo: fazer com que um brasileiro, que não fala inglês, sinta que participou da festa do Oscar”.

Infelizmente, apesar de grandes esforços, nem sempre o estudo, dedicação, preparo e nervosismo são valorizados. Nas redes sociais, qualquer deslize pode ser percebido – e criticado – pelo público. Mas Felipe afirma: “Eu já me incomodei mais com os haters. Tem que entender que a profissão tem esse tipo de percalço. A gente transmite o máximo que dá, com a melhor fidelidade possível”.

E alguém aí tem dúvidas de que o Oscar deveria ir para os interpretes? Bem, a Korn Traduções apoia a ideia! ;)[:]

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