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Profissionais defendem a obrigatoriedade do ensino de Libras, a língua dos sinais

Libras - língua dos sinais

Embora a globalização exista, o contato entre as diversas partes do mundo se faz possível por haver um idioma universal, que hoje é o inglês. Grande parte da população mundial é induzida a aprender essa língua, e a possibilidade de tradução faz com que muitas informações estejam disponíveis em diferentes idiomas. Mas quando pensamos em idiomas e na democratização da informação, que nada mais é do que tornar informações acessíveis para o maior número de pessoas possível, costumamos deixar de lado uma importante língua e, consequentemente, uma parcela significativa da população: os surdos, que se comunicam pela língua dos sinais.

Pensando nisso, desde 2005 há um decreto que obriga a inserção da disciplina curricular da língua dos sinais nos cursos de licenciatura do Brasil. Já nos cursos de bacharelado, essa disciplina é optativa.

Esse decreto surgiu pela necessidade de inclusão dos alunos surdos, matriculados em escolas regulares. De acordo com Adriana Bellotti, professora do ICMC (Instituto de Ciência e Matemática da Computação), da Universidade de São Paulo (USP), “o principal desafio para ensinar qualquer disciplina para o surdo é a língua. Somos uma sociedade majoritariamente ouvinte, e o surdo, inserido nela, tem uma diferença linguística”.

Pensando nas crianças, é indicado que, assim que a surdez for diagnosticada, já se inicie o ensino de Libras. Isso fará com que a criança, ao chegar na escola, tenha mais facilidade e preparo para acompanhar a turma.

Mas o grande obstáculo percebido é que a maioria das escolas não tem professores preparados para lidar com esse público. Ainda de acordo com Adriana, “esse aluno está inserido num ambiente ouvinte, mas ele tem um contato mínimo com seus colegas porque muitos não sabem se comunicar com ele. Então, ele fica restrito ao intérprete”.

Esse cenário faz com que o intérprete seja o responsável pelo aluno, quando o ideal seria o professor estar preparado para inserir a criança no meio educacional. A professora do ICMC completa dizendo que “essa relação entre professor e aluno deveria ser mais próxima por meio de um conhecimento básico da língua de sinais. O professor não precisa ter domínio completo da língua, mas, pelo menos, um conhecimento mínimo para incluir o aluno no contexto das explicações”.

Vale ressaltar, também, que de acordo com Paloma Bueno Fernandes, tradutora de Libras, há diferença entre os surdos, que é uma questão de identidade, e os deficientes auditivos, que se identificam com a cultura ouvinte, são oralizados e preferem esta modalidade de língua oral-auditiva. Além disso, Paloma enfatiza que Libras é língua e não linguagem, pois possui estrutura gramatical própria.

Língua dos sinais deveria ser obrigatória nas escolas

Assim, o próximo passo, agora, é tornar o ensino da língua dos sinais obrigatório em escolas, assim como acontece com o inglês. Para Adriana, “as pessoas precisam valorizá-la enquanto língua, em vez de gestos ou mímica. Ela tem características próprias que a definem enquanto meio de comunicação e expressão da comunidade surda. Se é importante, assim como o inglês ou espanhol, por que não ser uma disciplina curricular para as crianças? Se for assim, no momento em que elas precisarem usar a Libras, será natural”.

Se um dos motivos para aprendemos um idioma é a necessidade de nos comunicarmos com pessoas de outras partes do mundo, devemos perceber que os surdos não possuem a possibilidade de aprender outras línguas, senão Libras, para se comunicar. Assim, cabe às pessoas isentas dessa deficiência se dedicarem à inclusão dessa significativa parcela da população.

A Korn Traduções é a favor da diversidade, da inclusão e da expansão de fronteiras. É por isso que ajudamos a derrubar os obstáculos dos idiomas, realizando traduções livres, traduções técnicas e traduções juramentadas, colaborando, assim, para que as informações de nossos clientes fiquem disponíveis em diferentes idiomas.[:]

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