Não se fala do Bruno: descubra neste post a história por trás da música.
Em novembro de 2021, a Disney estreou Encanto – seu mais recente sucesso – e em janeiro deste ano o filme chegou no serviço de streaming. Conduzidos pela encantadora Mirabel, protagonista do filme, muitas crianças e adultos adentraram o universo animado da família Madrigal.
Um dos personagens mais curiosos do filme é o tio Bruno, que tinha o dom da vidência e vivia afastado e oculto do resto da família, por trás dos muros da casa. Surpreendentemente, a música We don’t talk about Bruno (Não se fala do Bruno, na versão em português) bateu recordes no mundo inteiro e passou a ser uma das músicas de trilha sonora mais ouvidas na história da Disney.
A história por trás de ¨Não se fala do Bruno¨
Em 23 de janeiro, o jornal espanhol El Pais publicou em sua edição colombiana uma entrevista com Alejandra Espinosa, colombiana licenciada em Literatura e assessora cultural do filme Encanto. Ao abordar o sucesso da música, afirmou que o objetivo da construção de todos os personagens da família Madrigal era retratar a diversidade étnica e cultural da Colômbia, e o personagem do Bruno representa os indígenas do país, que ¨estão sempre ali, são invisibilizados e ninguém fala sobre eles, mesmo sendo parte sagrada da cultura¨.
De modo geral, as lutas dos povos indígenas ao redor do mundo são tão antigas quanto a colonização, e ainda hoje os povos nativos continuam reivindicando o seu direito à terra, à proteção da natureza e à demarcação.
7 de fevereiro – Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas
Com a Lei n° 11.696 de 2008 foi institucionalizado o 7 de fevereiro como o Dia Nacional da Luta dos Povos Indígenas. A data rememora o falecimento do nativo guarani Sepe Tiaraju em 1756, que liderou uma das revoltas contra o Tratado de Madri, que dividia o território do Brasil entre portugueses e espanhóis. Naquela época, os territórios dos povos indígenas se estendiam às regiões limítrofes do que atualmente é Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil.
No Brasil de hoje existem mais de 160 línguas e dialetos falados pela população indígena, formando parte do conjunto de quase 7,000 idiomas falados no mundo contemporâneo. O programa Povos Indígenas no Brasil do CEDI (Centro Ecumênico de Documentação e Informação), estima que antes da chegada dos portugueses, só no Brasil se falava ao redor de 1,000 línguas.
(Leia também: Linguagens multimídia potencializam a inclusão digital e a democratização da informação)
Aumento de falantes de português ao redor do mundo
Nos últimos dois anos houve um incremento da população mundial que fala português, o sexto idioma mais falado no mundo dos negócios. O incremento se deu pelas populações mais jovens de Angola e Moçambique que tem adotado o português como primeira língua, assim como pelo interesse comercial de países como a China, que atualmente também investe no idioma.
Em algumas regiões dos Estados Unidos como Connecticut, Massachusetts e Rhode Island onde vivem um grande número de brasileiros, portugueses e angolanos, o português é a terceira língua mais falada.
Herança de línguas indígenas no Português Brasileiro
Durante a colonização, a língua Tupinambá era a mais falada na costa atlântica e passou a ser usada pelos colonos e ser ensinada aos indígenas, sendo conhecida como Língua Geral ou Nheengatu. Muitas palavras do Tupi original hoje fazem parte do português brasileiro e inclusive foram utilizadas para nomear alguns Estados como: Acre, Amapá, Aracaju, Ceará, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Na lista de palavras herdadas do Tupi também se encontram nomes comuns de alguns alimentos como: abacaxi, amendoim, açaí, jabuticaba, mandioca, caju, entre outros.
Muitos povos indígenas praticam há séculos o multilinguismo, mas poucas das línguas indígenas faladas no Brasil têm sido estudadas em profundidade. Por isso, a proteção desse repertório cultural é um dos principais objetivos de toda luta contra a discriminação e invisibilidade dos povos indígenas.
O Instituto Socioambiental Brasileiro (ISA) declarou em 2020 que o Censo de 2010 foi o primeiro a incluir no questionário o pertencimento étnico-racial indígena e a declaração das línguas faladas em suas residências. Espera-se que essas perguntas sejam mantidas para o próximo Censo Demográfico, agora em situação indefinida.
Comitê da Diversidade da Korn Traduções
Esse conteúdo se une às conversas lideradas pelo Comitê da Diversidade da Korn Traduções, criado em junho de 2021, com o objetivo de abordar a diversidade no ambiente corporativo e posicionar a empresa diante de assuntos de interesse geral para a sociedade, a cultura e a indústria linguística.
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