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O Plain English veio para ficar

Imagem descritiva do artigo: Plain English

Você já ouviu falar em Plain English? Provavelmente, não, uma vez que esse é um termo relativamente desconhecido aqui no Brasil.

O movimento do Plain English prega o uso de um inglês não muito técnico em textos técnicos.

Em princípio, esse movimento começou a ganhar força no final dos anos 1970. Ele tem como objetivo o uso do inglês de forma simples, de fácil compreensão.

Uma das referências sobre o tema é Bryan Garner. Em síntese, o autor estadunidense prega a utilização desse estilo de escrita principalmente para textos jurídicos.

 

Plain English virou lei nos EUA

A mobilização para a utilização do “inglês simples” foi tão forte que, em 2010, os Estados Unidos aprovaram o Plain Writing Act of 2010. Com efeito, a lei obriga as agências federais a utilizar, em seus documentos oficiais, uma linguagem simplificada, ou seja, compreensível a todos.

Essa lei foi criada com o intuito de facilitar o acesso dos cidadãos às informações e serviços do governo. Como resultado, ela estabelece que os documentos institucionais emitidos ao público devem ser escritos de forma clara e acessível para seus destinatários.

 

Redes sociais

O uso das redes sociais em nosso país nos ajuda a entender o Plain English.

Nós, brasileiros, sempre tivemos a tendência à prolixidade, ou seja, de utilizar muitas palavras para nos expressar.

No entanto, nos últimos anos, as redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp, e a comunicação rápida por elas proporcionada têm nos incentivado a adotar uma maneira mais clara, concisa e fácil de escrever.

Decerto, o uso do Plain English se assemelha muito a isso.

 

Plain English nas empresas

De fato, não apenas o governo dos Estados Unidos aderiu ao movimento do Plain English.

Por certo, muitas empresas que têm funcionários de diferentes nacionalidades ou que precisam se comunicar com parceiros de outros países mudaram seus hábitos. Elas passaram a adotar o Plain English, que é, antes de tudo, uma forma mais simples de se comunicar em inglês.

Aliás, essas empresas multinacionais criaram e utilizam manuais para ajudar seus funcionários a se expressar de forma mais direta e compreensível. Principalmente quando a mensagem tem como destinatário pessoas que não utilizam o inglês como língua materna.

 

Algumas das dicas para tornar sua mensagem mais fácil de compreender

 

– Utilize linguagem simples:

A princípio, sempre tente utilizar termos conhecidos do grande público. Em outras palavras, lembre-se de que você não precisa apresentar um vasto vocabulário para se fazer entender. Isso se aplica, primordialmente, quando o receptor da mensagem não tem o mesmo idioma que você como sua língua-mãe.

 

– Utilize preferencialmente frases curtas:

De fato, os manuais que incentivam o uso do Plain English sugerem frases com menos de 20 palavras.

Em síntese, isso se dá porque frases curtas tornam mais fácil a compreensão para o destinatário do conteúdo.

Embora em alguns momentos não seja possível utilizar esse artifício, esse é um dos truques do Plain English.

 

– Evite utilizar jargões, gírias e expressões idiomáticas:

As gírias, jargões e expressões idiomáticas restringem, muitas vezes, a comunicação a um grupo de pessoas. Em geral, nem todos conhecem essa gama de vocabulário.

As gírias, mesmo quando populares, inegavelmente não são de conhecimento de todos. Ademais, elas marcam uma forma de comunicação temporária, ao passo que, após certo tempo de uso, tornam-se desconhecidas das pessoas mais novas.

Só para ilustrar essa situação, basta ouvirmos músicas da Jovem Guarda, um movimento musical muito popular no Brasil nos anos 1960. Lá, encontraremos expressões como brasa, mora, broto e outras tantas.

A situação inversa também é comum. Decerto, há muitas gírias utilizadas pelo público jovem que não alcançam os mais experientes.

Já os jargões se restringem a um grupo de pessoas de uma mesma realidade social, como profissionais de determinada área. A título de exemplo, temos as expressões utilizadas por médicos, por advogados e por aqueles que trabalham com informática, por exemplo.

As expressões idiomáticas, por sua vez, são muitas vezes as mais difíceis de traduzirmos ou entendermos.

Pense em como poderíamos traduzir ou explicar (ao pé da letra!) para falantes de outro idioma, de maneira simples, o significado de expressões idiomáticas como cabeça de vento, amigo da onça, cara de pau ou amarrar o burro.

Em resumo, poderíamos bater as botas buscando uma explicação simples ou uma tradução para essas expressões!

 

– Utilize palavras curtas sempre que possível:

Em geral, as palavras mais curtas são mais populares e facilitam a compreensão. Só para exemplificar, podemos utilizar a palavra mas em vez de entretanto ou no entanto.

 

– Apresente a informação-chave antes dos detalhes:

Essa é a regra de ouro para tornar um texto de fácil compreensão. Em suma, sempre traga as informações de forma generalizada. Só posteriormente forneça os detalhes.

Perceba que as matérias jornalísticas seguem essa regra. No primeiro parágrafo, normalmente, elas apresentam cinco informações: quem, o que, quando, onde e por quê.

Apenas após essa introdução os demais detalhes do acontecimento aparecem.

 

– Prefira a voz ativa à voz passiva:

Essa é outra regra de ouro do Plain English, principalmente em textos na língua inglesa. De fato, nestes utilizamos muito menos a voz passiva do que em português.

Mas, mesmo sendo frequente essa inversão de ordem nas frases em português, todos concordamos que compreender a frase “eu vi o menino no parque” é mais fácil do que “o menino foi visto no parque por mim”.

 

– Utilize subtítulos para dividir textos longos:

Esse artifício é muito utilizado em textos na internet. Inclusive nesse artigo, em que utilizamos muito essa técnica para facilitar a leitura.

Além disso, encontrar determinada informação por meio de tópicos é bem mais fácil.

 

– Explique acrônimos ou abreviações na primeira menção:

Acrônimos são abreviaturas criadas pelas primeiras letras de cada palavra. Com toda a certeza, alguns acrônimos tomaram o lugar do verdadeiro nome que os gerou.

Mesmo nesses casos, explicar o significado do acrônimo no momento em que ele aparece pela primeira vez no texto facilita a leitura.

A título de exemplo, temos INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ONU (Organização das Nações Unidas) ou IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre tantos outros.

 

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