A OpenAI lançou o ChatGPT no fim do ano passado, e não tardou para que diversas perguntas surgissem. A inteligência artificial substituirá o Google? Podemos usá-la para criação de conteúdo? Ela respeita direitos autorais? E ainda mais: na tradução, o ChatGPT é confiável?
Mesmo com tantos questionamentos que o cercam, O ChatGPT tem se apresentado bastante útil em diversos segmentos de mercado, inclusive no de tradução, embora com ressalvas, já que prima pela fluidez, mas não pela exatidão.
Ainda, deve-se considerar a segurança das informações contidas no texto original quando da tradução. O dono das informações precisa considerar que dados pessoais e informações confidenciais podem vir a público.
Mas enquanto algumas pessoas se perguntam se serão substituídas, outras já estão aprendendo a usá-lo em seu favor.
Comparativamente, o mesmo cenário se deu com o Google Tradutor, que, no início, cometia erros básicos. Mas conforme a tecnologia avançava pelo campo da linguística, ele se tornou uma ferramenta extremamente poderosa. Isso se manifesta se utilizado para determinadas finalidades, e desde que o resultado da tradução automática seja pós-editado por linguistas competentes.
Mas o que exatamente é o ChatGPT?
O ChatGPT é um modelo de linguagem de Inteligência Artificial generativa. Com ele, é possível gerar conteúdos originais e criar novos exemplos de textos a partir de inputs dos usuários.
Além disso, a plataforma conta com algoritmos avançados de aprendizado de máquina para aprender o que se propõe a escrever. Isso significa que ela é um tipo de modelo de processamento de linguagem natural (GPT = Generative Pre-trained Transformer) capaz de gerar textos e de ser treinada. A partir de comandos e de seus resultados, então, ela aprende a capturar padrões e estruturas em diferentes idiomas.
A grande novidade trazida pelo ChatGPT é seu constante aprendizado. Com essa habilidade, a plataforma gera resultados cada vez mais fluidos e semelhantes a formas textuais produzidas por humanos. Mas, ainda assim, os textos traduzidos pela ferramenta não têm uma linguagem completamente natural.
A inteligência artificial generativa, contudo, não é uma novidade. Também chamada de GAN (Generative Adverarial Networks), ela foi criada em 2014 por Ian Goodfellow e por sua equipe de pesquisadores na Universidade de Montreal.
O princípio básico para a criação da GAN foi a utilização de redes neurais de inteligência artificial já existentes. Estas foram programadas para competir umas contra as outras. Dessa forma, o objetivo era criar um produto novo, capaz de formular imagens e textos a partir de um comando do usuário.
E qual foi a novidade que o ChatGPT trouxe na tradução?
Pela primeira vez, um usuário consegue interagir de forma fluida com a inteligência artificial. No ChatGPT, as respostas são adequadas às perguntas e é possível continuar uma conversa sem que haja uma pré-programação por detrás dessa interação.
Mas algumas pessoas lembram que os chatbots já permitiam tal interação. Qual a diferença? Esses eram previamente alimentados com um roteiro e seu aprendizado era limitado ao que a empresa oferecia.
O ChatGPT e a tradução
Quando perguntamos à ferramenta ChatGPT se ela é capaz de traduzir textos (por exemplo, traduzir do português para o espanhol), a resposta foi “sim […]. É importante notar que a qualidade da tradução pode variar dependendo do par de idiomas e da complexidade do texto a ser traduzido.”
Além disso, a Inteligência Artificial afirmou que “como modelo de linguagem, não sou capaz de entender o significado do texto em um nível mais profundo e posso cometer erros de tradução em certas situações”.
Por sua vez, o Google Tradutor usa inteligência artificial baseada em redes neurais profundas. O algoritmo de aprendizagem automática dele é treinado a partir de pares de frases em diferentes idiomas. Isso permite à ferramenta um aprendizado de padrões nas traduções de textos de alta qualidade.
Além disso, o modelo ainda é capaz de fazer adaptações para o estilo de texto e para o contexto em que este está inserido. Desse modo, o resultado são traduções cada vez mais fluídas, embora nem sempre exatas.
O Google Tradutor, o ChatGPT e a transcriação
Além de traduções convencionais, surge uma nova possibilidade com a introdução das inteligências artificiais generativas: a transcriação.
Transcriação é a junção das palavras “tradução” e “criatividade”. Mais especificamente, é a ideia de que traduzir também pode ser um processo criativo na comunicação.
A partir da possibilidade trazida pelo ChatGPT, podemos afirmar a possibilidade de transcriação com seu auxílio.
Em um cenário como esse, o objetivo é deixar o texto mais natural no idioma para o qual se traduz. Logo, podemos utilizar alguns comandos. Um deles poderia ser: “O texto a seguir está em português do Brasil. Traduza-o para inglês como se um falante nativo de inglês norte-americano o tivesse escrito”.
Alguns internautas fizeram uma experiência utilizando o Google Tradutor, o ChatGPT e o DeepL para traduzir para o inglês textos cujos originais estavam em francês, mandarim e russo[1].
Tanto o Google Tradutor quanto o DeepL, mesmo se valendo do contexto da tradução, apresentaram erros. Dentre eles, podemos citar aqueles relacionados à ordem de palavras, à pontuação, às expressões não idiomáticas e aos tempos verbais inconsistentes.
Com relação ao ChatGPT, sendo possível outros comandos, os resultados foram diferentes. No teste, os internautas usaram o comando: “Uma mulher chinesa escreveu o texto a seguir para publicação nas redes sociais. Reescreva-o como se fosse uma publicação para redes sociais escrita por um falante nativo de inglês”.
Eles constataram que, por ser capaz de detectar nuances em diferentes idiomas, a ferramenta produziu textos mais coesos e coerentes.
No entanto, também se percebeu pontos negativos. Um deles diz respeito ao número de palavras utilizado pela ferramenta; ela tende a valer-se de repetições e a deixar um tópico que poderia ser simples, muito extenso.
Conclusão
O tradutor do Google contabiliza 100 bilhões de palavras por dia[2], enquanto o ChatGPT contabiliza 10 milhões de perguntas feitas por dia[3]. É seguro dizer, então, que cada vez mais pessoas estão dispostas a confiar na Inteligência Artificial para ajudá-las.
Essa instaurada confiança na tradução automática combinada com o aperfeiçoamento dela inaugurou uma nova demanda no mercado.
Contudo, os textos traduzidos pelas diversas inteligências artificiais ainda necessitam de um revisor humano. É isso que chamamos de “pós-edição de tradução automática”.
Nesse ínterim, quando questionado sobre tradução, o ChatGPT nos lembra, “é importante revisar cuidadosamente as traduções geradas por mim antes de usá-las”. E isso se aplica para todos os conteúdos gerados por inteligência artificial.
Esse conhecimento aprofundado dos tradutores profissionais e a experiência da Korn Traduções no mercado contribuem para uma tradução mais precisa, natural e harmônica.
A Korn é a única empresa de tradução no Brasil com a certificação ISO 18587 para serviços de pós-edição de tradução automática e certificação ISO 27001 – Segurança da Informação. Contamos também com a certificação ISO 9000 – Gestão da Qualidade e ISO 17000 – Serviços de Tradução. Por fim, somos ainda a única empresa brasileira certificada pela ATC – Association of Translation Companies.
[1] https://metaroids.com/learn/google-translate-vs-chatgpt-vs-deepl-translator-ultimate-showdown/
[2] https://blog.google/products/translate/ten-years-of-google-translate/
[3] https://nerdynav.com/chatgpt-statistics/
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